Maior
pontuadora da última Superliga pelo Sesi-SP com 417 pontos e da atual com 87,
campeã olímpica em Londres 2012 e ouro no Pan de Guadalajara 2011, fora as
participações vitoriosas pelas seleções de base e duas pratas no Grand Prix de
Macau (2011) e de Ningbo (2012). Essas são as credenciais da ponta Tandara
Caixeta, que completou 25 anos nesta quarta-feira com um presente de
aniversário bastante especial: o retorno ao elenco do Brasil, comandado pelo
técnico José Roberto Guimarães, seu treinador também no Campinas, para a
disputa da Copa dos Campeões, no Japão.
A atleta está fora desde junho por conta de
uma série de lesões como bursite, tendinite e uma fissura. Ela usou o período
de cinco meses sem atuar pela seleção brasileira para aprimorar a parte física.
Resultado? Eliminou gordura e ganhou massa. Visivelmente "mais fina”, Tandara
precisou de muita força para conseguir superar a ausência no Grand Prix e do
Sul-Americano, vencidos pelo Brasil em 2013. Afinal, segundo ela, seria sua
chance de ser titular da experiente Sheilla, já que Zé Roberto disse que iria
priorizar as atletas mais jovens naquele momento.
- Foi muito difícil abrir mão do Grand Prix
e do Sul-Americano. Eu tentei demais, tentei mesmo. Fiquei muito chateada, mas
tive que abrir mão para cuidar. Foi a melhor opção para eu não precisar de
cirurgia. Acho que sequei porque foquei na parte física e cuidei da
alimentação. Foi complicado porque era o ano em que quem iria jogar mais no
começo eram as mais novas. Fiquei louca. Tentei voltar duas vezes, forçava, doía
de novo. Chegou uma hora em que botei na cabeça que não ia adiantar. Cada vez
que eu forçasse ia ficar uma, duas semanas sem tocar na bola. E aí eu entendi
que uma hora ou outra iria vir a chance. Eu aprendo só de olhar a Sheilla em
quadra pela jogadora que ela é – contou Tandara, acrescentando que o mais
difícil foi quando a seleção foi jogar uma etapa do Grand Prix em Campinas.
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