Eu não me canso de parabenizar a
Torcida Tricolor. Mesmo com uma campanha ruim, com jogadores indignos de vestir
a camisa Bi-Campeã Brasileira, problemas administrativos, entregada descarada
do Cruzeiro... mais de 31 mil pessoas cantaram alto e forte na Fonte
Nova. E o time entra em campo com mudanças.
Mas um volante na lateral e Talisca no meio. Mudanças para tentar dar uma nova
cara ao time, porém, tecnicamente, mudou muito pouco. Em campo, se faltou
técnica, sobrou. Feijão chegou a exceder na vontade e tomou cartão amarelo. Mas
segue o jogo...Tirando os lentos e displicentes
Walyson e Talisca, garra não faltou a ninguém da equipe. A Torcida chegou a
ensaiar umas vaias aos dois, mas não pegou. A Nação cantava, fazia festa e em
campo era a Lusa que assustava.Até que no fim do primeiro tempo a
Lusa erra a saída de bola, Talisca acerta um passe típico de um meia para
Walyson e ele cruza pra Fernandão brocar. Festa nas arquibancadas, presepada de
Walyson e fim do primeiro tempo. A última vez que o time do Bahia saiu
aplaudido no intervalo do jogo, que eu lembro, foi contra o rival, no triunfo
por 2 a 0. Mas o que importava era o triunfo. Veio o segundo tempo e o técnico
da Lusa tirou o volante que havia tomado cartão amarelo. Comentei na
arquibancada: por que Cristóvão não fez o mesmo com Feijão? Ele já tinha
amarelo, já tinha sido "jurado” pelo juiz e estava indo muito afoito. Vai
entender...Começa o segundo tempo e o time se
perde. O Bahia passou a jogar com chutões de Titi, que virava armador das
jogadas. Talisca tocava pra ele cruzar, Fernandão cabecear e a zaga adversária
sair jogando. A Portuguesa atacava e o Bahia vivia de lances fortuitos.
Cristóvão acha pouco, tira Helder (não lembro de ter visto esse rapaz em campo)
e coloca um terceiro zagueiro na equipe. Retranca da "mizéra”, vu?Até que aconteceu o óbvio. Feijão foi
expulso. E aí, com menos um, pensei que o treinador fosse colocar mais um
zagueiro, ou goleiro, sei lá. Que nada, segurou a substituição e jogou
bravamente com menos um. Estranho... mas deu certo. Aí foi quase gritar gol
duas vezes e passar o resto da partida tirando a bola adversária com os olhos.
Mas, falando sério: o Bahia não perdia esse jogo nem com a porra...Bora Baêa Minha Porra!!!! Vencemos
as duas últimas partidas, agora é se preparar pra encarar o atual Campeão e
tentar estragar a festa azulina que começou no estádio Bi Campeão Brasileiro, o
Borradão (Santos 2010, Cruzeiro 2013). Depois finalizar com mais uma festa na
Fonte Nova, contra o Fluminense, adversário que traz pra mim, e pra muitos, a
melhor lembrança do futebol de todos os tempos. Aquele inesquecível 2 a 1 que
nos levou a final em 89.Vamos seguir na competição jogando
contra juiz que dá 5 minutos de acréscimo, jogador vagabundo que entrega
partida, máfia de times sulistas e tudo mais. Porém, o importante é que a
estrela Tricolor continue a brilhar. E que, enquanto outros jogam como nunca e
perdem como sempre, nós continuemos jogando mal e pontuando.
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