A
sofrida classificação do Atlético-MG para a semifinal da Libertadores, com
empate dramático com o Tijuana, por 1 a 1, na quinta-feira, com defesa de
pênalti de Victor no último minuto de jogo contou com a camisa pé quente do
técnico Cuca e apego do treinador à máscara da morte levada pelos torcedores
atleticanos para o estádio.
Cuca
contou com uma camisa da sorte, utilizada por ele nas principais partidas do
Atlético, que conta com o desenho da Nossa Senhora Aparecida. O treinador
esteve com a blusa na final do Campeonato Mineiro, quando o time atleticano
conquistou o título estadual diante do Cruzeiro, na derrota por 2 a 1.
O
treinador atleticano usou a camisa por baixo de uma blusa de frio do Atlético.
No lance do pênalti de Leonardo Silva, perdido por Riascos, em defesa de
Victor, no último minuto do jogo, Cuca abriu a blusa de frio e se segurou a
imagem na sua camisa interna.
Eu
abri minha camisa e falei agora é com a senhora, me protege que estou
precisando muito e ela me protegeu e abençoou o Victor. Foi noite que tivemos
sorte e passamos, além da competência dele acertar o canto”, disse Cuca.
O
treinador atleticano revelou que antes da cobrança do pênalti se voltou para as
arquibancadas e se apegou a máscara do pânico levada pela torcida para o
estádio como forma de pressão para cima do Tijuana. "Eu me apeguei à máscara,
só via ela, o torcedor calado, não tinha mais onde me prender”, afirmou Cuca.
Católico,
o treinador afirma que aproveitará o período sem jogos na temporada, por causa
da Copa das Confederações para ir à igreja e agradecer aos céus a
classificação. "Tem, de ir, rezar, agradecer pelo milagre, a ajuda divina,
tenho certeza que foi uma ajuda lá de cima, de Deus”, destacou.
"Lógico
que existe (fé), a gente tem de acreditar em tudo que é positivo, tem de ter fé
na vida, é natural que o ser humano se apegue, o Victor sabe que ele foi
abençoado de pegar no canto certo, tirar com o pé, tem de acreditar nisso”,
acrescentou Cuca.
A
fé acompanha o treinador em seus trabalhos. Ele leva para o vestiário, antes de
cada partida um mini altar, com imagens de santos para acompanhar o time.
Sempre antes de entrar em campo, o time faz uma oração. "Fé é importante em
todos os passos que a gente tem, tem quem não acredite, mas é bom ter fé na
vida”, disse.
O
treinador atleticano leva para cada jogo um amuleto, um terço ganho de um
cinegrafista antes da partida contra o Fluminense, no segundo turno do
Brasileirão de 2012, no Independência, quando a equipe mineira venceu por 3 a
2.
Apesar
da classificação dramática para a semifinal da Libertadores, Cuca disse que o
clima no vestiário foi de tranquilidade. "Não era de euforia, nem um pouco,
time que é acostumado a jogar bem e quando passa assim não fica eufórico. Time
que tem história sofrida e a minha história também é, acho que vai mudar agora,
espero que sim”, afirmou. Fonte: Uol
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