Não rolou a 51, mas a Caninha 21 também desce pesada na cabeça dos tricolores. Chacota mantida, dessa vez o som do funk Passinho do Volante, o ‘Ah lek lek lek’, do grupo MC Federado e os Lelek’s, ganhou o barulho da caxirola. Ontem, o Vitória venceu de novo o clássico contra o Bahia, por 2x1, na Fonte Nova e segue sem perder do rival desde 2011.

Ainda assim o Leão não terá a vantagem nas semifinais, já que o Juazeirense venceu o Juazeiro por 1x0 e terminou a 2ª fase do estadual na frente. O Bahia também joga a primeira partida da fase seguinte, contra o Juazeiro, dentro de casa. O estádio não estava tão cheio quanto no primeiro Ba-Vi, apesar da maior carga de ingressos, e o jogo foi mais complicado para os rubro-negros, em maioria absoluta. Mas a celebração após o apito final não mudou de lado. E nem precisou muito para isso.

Aos 5 minutos, Cajá cobrou falta na trave de Lomba. O Vitória era senhor do jogo e não deixava o nervoso Bahia respirar. Aos 20, em cobrança de escanteio, Victor Ramos acertou o travessão. Na sobra, Michel, dentro da área, ajeitou com todo o tempo do mundo e soltou a bomba: 1x0. O Esquadrão era um lutador grogue. Apenas Ryder conseguia dar trabalho aos defensores rubro-negros. Enquanto isso, Nino ganhava todas pelo lado direito do ataque.

Mas o segundo gol saiu pela esquerda. Maxi recebeu de Renato Cajá e, com inteligência, deu de calcanhar para Mansur entrar sozinho e bater por baixo de Lomba. Era um massacre técnico e tático. O gol foi o estopim para a torcida do Bahia protestar contra a diretoria do clube. A Bamor e a Povão retiraram faixas. A Terror Tricolor botou de cabeça para baixo. Perderam o pênalti em Magal ignorado pela arbitragem de Jailson Macedo Freitas. No fim do primeiro tempo, alguns tricolores arremessaram suas caxirolas no gramado.

Equilíbrio - Na volta do intervalo, o Bahia era outro time. Joel abriu Talisca e Ryder para impedir a subida dos laterais rubro-negros e colou Toró em Maxi, que fazia o que queria na defesa tricolor. O abafa deu certo e, na bola aérea, o carma do Leão há anos, o Bahia diminuiu. Talisca levantou e Titi, no primeiro pau, só deu uma casquinha para vencer Deola. O gol trouxe a torcida tricolor de volta ao jogo.

Ainda assim, o Bahia, desorganizado, só levava perigo nas bolas aéreas. O Vitória armava a arapuca para o terceiro gol, mas pecava nos passes e abusava do nervosismo. Aos poucos, a torcida rubro-negra, em belo espetáculo, retomou a comemoração e festejou com o ‘Ah, lek, lek, lek’.

fonte: IBahia