Não se sabe se o exemplo pode ser
aplicado ao Esporte Clube Vitória, que tem no Estádio Manoel Barradas Carneiro,
seu santuário e onde conquistou parte significativa de suas glórias e hoje,
ainda com toda modernidade da Arena Fonte Nova, resiste em abandoná-lo,
notadamente pela pressão da torcida rubro-negra.
O certo é que a mudança do VELHO para NOVO e moderno foi uma péssima escolha
para o Náutico, pelo menos dentro de campo. Os motivos seria a mística dos
Aflitos relegada, a falta da torcida próxima e o calor do incentivo? O
presidente do Náutico acredita que não.
"A Arena Pernambuco é um estádio extraordinário para o torcedor, muito bom
para assistir ao jogo, mas para nós que fazemos o futebol não ajudou",
disse o presidente do Náutico, Paulo Wanderley, em entrevista para a Folha.
Ainda segundo o mandatário pernambucano, "O gramado é muito superior ao
dos Aflitos. Com isso as condições para quem tem um elenco superior são
igualadas".
Rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro com seis rodadas de
antecedência, o Náutico virou presa fácil para os seus rivais em sua nova casa,
a Arena Pernambuco, neste Campeonato Brasileiro.
Das 14 partidas em que jogou no estádio que será sede da Copa do Mundo de 2014,
o clube pernambucano teve duas vitórias, dois empates e dez derrotas.
Conquistou apenas oito dos 42 pontos disputados como mandante aproveitamento de
apenas 19%.
Antes de mudar de casa, o Náutico tinha os Aflitos como seu aliado. No
Brasileiro de 2012, no seu retorno à elite do futebol nacional, a equipe teve
um aproveitamento de 73% --foram 13 vitórias, três empates e três derrotas. A
Arena tem capacidade para 46 mil torcedores, enquanto a casa antiga do time
comporta 22 mil pessoas.
Nem mesmo o fato de jogar em um estádio preparado para uma Copa foi capaz de
animar os torcedores. O clube viu a média de público cair neste campeonato em
relação ao último: de 14 mil em 2012, tem agora 12,3 mil pagantes por partida.
|