Um bebê de nove meses foi levado de dentro de casa na segunda-feira
(29), no povoado de Matinha, região de Vitória da Conquista, no sudoeste
da Bahia, segundo informações da família. A mãe da criança conta que
foi buscar água em um local próximo, quando um homem aproveitou para
arrancar o bebê dos braços do irmão, de 8 anos."Fui pegar água, eu fiz ela dormir, coloquei ela para dormir ali e ele
[filho] chegou da escola, não tinha aula ai pegou e veio, entrou para
tirar a roupa, e ele disse que foi na hora que uma pessoa entrou aqui
dentro, pegou ela e saiu correndo. Ele ficou com medo de me falar", diz
Elisabete Dias, mãe da menina.
De acordo com familiares e vizinhos, o pai do bebê não estava em casa
no momento do rapto. Homens teriam chegado ao local em um carro vermelho
e uma moto amarela estaria dando cobertura. Uma menina de nove anos diz
que chegou a conversar com o sequestrador minutos antes do bebê ser
levado.
"Eu ia buscar um irmão que ia para a roça com minha mãe, ai passou um
carro vermelho e pediu água, e a moto, ai eu fui buscar, na hora que ele
terminou de beber ele mandou eu botar meu irmão dentro do carro, ai eu
não botei, ai ele falou que é só ele me encontrar na estrada que vai me
matar", conta a garota. A tia do bebê, que preferiu não ser identificada, acredita que o
sequestro tenha sido encomendando. "Desde ontem sabiam que meu irmão
não estava em casa e forçaram a janela, desde ontem à noite forçando,
sabiam que ele tinha ido para Conquista. E de manhã cedo tinha alguém
rondando a casa, alguém de fora que não sabia que ele não tava em casa
nao teria vindo", avalia a tia.
A polícia de Vitória da Conquista faz buscas na região e investiga o
caso. "À medida que fomos informados da ocorrência do sequestro, do
rapto dessa menor, nos deslocamos em duas viaturas até a localidade de
Matinha, uma terceira viatura ficou cobrindo os acessos da rodovia para a
localidade, fizemos uma varredura na zona rural, nos acesos, nos
desvios, mas infelizmente não conseguimos identificar nem localizar o
possível autor, nem a criança sequestrada", afirma José Ramalho,
inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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