Óscar Tabárez aponta o Brasil como favorito "pelas estatísticas como
mandante", mas não vê o Uruguai como zebra nesta quarta-feira, às 16h
(de Brasília), no Mineirão, na primeira semifinal da Copa das
Confederações. Em entrevista coletiva após o reconhecimento do gramado
do estádio, o técnico mostrou confiança em seu ataque.
– O Brasil ainda não jogou contra uma seleção com um ataque que o Uruguai tem. Vamos ver o que vai dar.
Tabárez não quis revelar a escalação,
mas deixou claro com essa declaração que não pretende abrir mão de seu
trio ofensivo: Edison Cavani, Diego Forlán e Luis Suárez. Juntos, eles
fizeram 97 gols nos últimos 11 meses, contando jogos pela seleção
uruguaia e por seus respectivos times – Napoli, Internacional e
Liverpool.
Para Tabárez, os três estão bem acima dos atacantes de Japão, México e
Itália, adversários do Brasil na primeira fase. Por isso, a Celeste não
pode ser colocado como azarão diante da seleção brasileira.
– Quando a partida começa, são onze contra onze, e o imponderável entra
em campo. Estamos confiando plenamente na nossa atitude como equipe –
disse Tabárez.
O técnico uruguaio citou três vezes na coletiva o "bom retrospecto" do
Brasil como mandante. Lembrou em especial de um jogo – o das
eliminatórias para a Copa de 2010, vencido pela seleção brasileira por 2
a 1, no Morumbi.
– Nunca uma seleção uruguaia jogou tão bem no Brasil, e o Julio César
impediu nossa vitória – disse o treinador, que apontou o goleiro
brasileiro como o melhor jogador "disparado" das últimas eliminatórias.
Tabárez foi informado por um repórter inglês de que Julio César disse
na véspera que "para muitos brasileiros, ganhar do Uruguai é até mais
importante do que vencer a Argentina". O treinador viu a declaração como
"um elogio". E salientou que, para os uruguaios, a partida também tem
uma conotação diferente.
– Para nós, é uma partida muito importante, é um privilégio, assim como
as partidas contra a Argentina estão neste mesmo nível – disse Tabárez.
– Sabemos que a dificuldade é grande, mas ela também serve como
motivação, porque vamos tentar fazer o que poucos conseguiram. Somos
obcecados por desafios, teimosos, sempre acreditamos que somos capazes
de alcançar nossos objetivos. Este grupo, depois de praticamente sete
anos junto, já demonstrou do que é capaz – emendou o treinador uruguaio. fonte:Globo Esporte
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