O procurador-geral do Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, deverá apresentar
denúncias no decorrer desta semana contra São Paulo e Cruzeiro por conta de
brigas de torcidas nos jogos da 28ª rodada do Brasileirão. O domingo de
clássicos estaduais teve várias cenas de violência. No Morumbi, torcedores do
São Paulo entraram em confronto com a PM no intervalo do jogo contra o
Corinthians, que terminou em 0 a 0. Duas bombas explodiram entre os
tricolores. No Independência, antes deAtlético-MG 1 x 0
Cruzeiro, torcedores do time azul brigaram entre si e foram detidos por
policiais militares. De acordo com o procurador, Tricolor e Raposa devem responder
com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD):
deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua
praça de desporto. A pena é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. De acordo com o
parágrafo 1º do artigo, se a desordem atrapalhar o andamento da partida, o
clube da torcida que se envolveu em confusão pode perder mandos de campo. - Tomaremos providências não só com relação ao jogo do São
Paulo, mas também com o jogo entre Atlético e Cruzeiro. Além das imagens,
aguardamos os relatórios (da arbitragem). Os clubes podem responder pela
infração ao artigo 231 - disse. Neste Brasileirão, o STJD já puniu Vasco e Corinthians com
quatro jogos longe de seus estádios por conta de uma briga entre torcedores dos
dois times na partida realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O
Atlético-PR também está na mira do Tribunal por causa de uma confusão que
chegou a retardar o jogo contra o Coritiba, na semana passada. Schmitt também respondeu ao presidente corintiano Mário Gobbi,
que fez duas críticas ao Tribunal. Segundo Gobbi, há má vontade por parte do
procurador com o Corinthians. Ele disse ainda que o STJD é "a casa da mãe
Joana".
- Tomei conhecimento e lamento muito a declaração. É muita
presunção e arrogância achar que estamos focando em um clube só. A preocupação
desse presidente deveria ser com a prevenção de distúrbios causados por sua
torcida. Não foi nenhum membro do Tribunal que viajou a Oruro e matou um garoto.
Esse presidente deveria se preocupar com os reiterados casos de violência de
seus torcedores, que fazem o clube ser punido constantemente, em vez de atacar
o Tribunal. Fonte: Esporte.com
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