Ex-capitão do Manchester United e com 85 partidas pela seleção da Inglaterra no currículo, o agora auxiliar técnico Gary Neville já viveu muita coisa no futebol. Nesta quinta-feira, prestes a iniciar uma entrevista coletiva sobre o amistoso marcado para domingo entre Brasil e Inglaterra, ficou sabendo da suspensão da partida. Saiu da sala, leu a notícia e voltou. Disse que não falaria sobre o assunto por ainda não ter sido informado oficialmente. E a coletiva seguiu, mas o assunto era só a bola.

Na manhã desta quinta, os ingleses desembarcaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), deram uma rápida passada no hotel para deixar a bagagem e foram para a praia do Leme (zona sul) realizar um treinamento. Com nomes de peso como Ashley Cole, Frank Lampard e Wayne Rooney, a delegação fez um trabalho físico de cerca de uma hora e chegou a dar uma breve caminhada pelo calçadão.

Antes de chegar ao Brasil, a Inglaterra empatou em 1 a 1 com a Irlanda, em amistoso disputado no estádio de Wembley, em Londres, na última quarta. Nesta sexta, jogadores e comissão técnica da seleção inglesa continuam a agenda de eventos e treinos pelo Rio de Janeiro. Às 11 horas, quatro atletas (que não tiveram os nomes divulgados), o técnico Roy Hodgson e Neville fazem uma visita ao Instituto Bola Pra Frente, em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. À tarde, o grupo treina na Escola de Educação Física do Exército, na Urca (zona sul). Pelo menos pela agenda, o selecionado inglês age como se nada tivesse acontecido.

 
O governo do Rio de Janeiro informou que já estava "recorrendo da decisão”. Na curta nota, o governo admitiu uma "falha burocrática” no envio dos laudos - a juíza concedeu liminar suspendendo o jogo por considerar que o estádio não oferece segurança aos torcedores. "Todos os requisitos de segurança para o amistoso Brasil e Inglaterra foram cumpridos”, informou o governo.

"Por uma falha burocrática, o laudo da PM que comprova o cumprimento das regras de segurança no Maracanã não havia sido entregue à Suderj”, informou, em referência à Superintendência de Esportes do Rio, órgão do governo responsável pelo Maracanã.

"O laudo será encaminhado com o recurso do Estado ao plantão Judiciário”. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pela organização do amistoso - que vai render, se realizado, a maior renda da história do futebol do País -, informou que seu departamento jurídico "diz que todos os laudos necessários foram emitidos e serão encaminhados para a juíza a fim de mostrar que a decisão não faz sentido”.

fonte; Correio