O técnico Cristóvão Borges perdeu o trono de
milagreiro do Campeonato Brasileiro, título que ostentou por merecimento até a
décima primeira rodada, período onde fez a torcida tricolor acreditar em um
time que antes da sua chegada, só produziu tristeza e vergonhas.
Hoje a designação já não cabe em Cristóvão, está
dividida entre o técnico Wagner Mancini e o próprio Silvio Criciúma, que
assumiram, Atlético-PR e o Criciúma respectivamente, e com semelhantes
milagres, estão tirando seus clubes da lama para colocar na fama, com o
Atlético-PR, no quarto lugar, e o time catarinense, saindo de cabeça de pule da
zona de rebaixamento para o confortável décimo lugar, zona sim, mas da Copa da
Sul-Americana, enquanto o Bahia, desce ladeira abaixo sem qualquer corrimão para
regular o tombo.
Ontem após o empate como sabor de derrota, pela
necessidade e mando de campo, o técnico na tradicional entrevista coletiva, se
não explicou o passo atrás, prometeu procurar maneiras de reeditar melhores
atuações.
A cada rodada o campeonato fica mais duro, mais
competitivo. E os últimos resultados ruins fizeram com que a equipe perca um
pouco de confiança – disse o treinador, como também admitiu preocupação com a
queda de rendimento do Bahia.
- Claro, me preocupa. Essa característica fazia com
que a equipe somasse pontos. Isso passou, e agora temos um pouco mais de
dificuldade. Existe um desequilíbrio. A gente até conseguiu melhorar nos
últimos jogos, mas isso preocupa e vou trabalhar. Se a gente não resolver isso
o quanto antes, teremos poucas chances no Brasileiro – declarou.
- Conseguimos fazer isso quando jogávamos só final
de semana. Quando passamos a jogar seguidamente, quarta e domingo, passamos a
não conseguir. O desgaste foi maior. Tivemos que fazer alterações para manter o
nível de atuação. Umas vezes se consegue, outras não - comentou.
- O Criciúma é um adversário duro, perigoso. Quase
que só teríamos o que lamentar. Jogo em casa temos que ganhar. Tem que ganhar
todos os jogos. Em casa principalmente. Temos que pontuar, o campeonato vai
ficar cada vez mais afunilado. Sabemos que podemos mais que isso. Diante das
circunstâncias, é positivo ter empatado. Só isso para comemorar. Nada mais -
concluiu. Fonte: Futebol baiano
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