Punido pela Conmebol em razão da confusão com os
argentinos do Tigre na final da Copa Sul-Americana, em dezembro, o São Paulo
terá de enfrentar o Arsenal no Pacaembu, nesta quinta-feira. Problema? Não para Jadson. O camisa
10 tem o estádio municipal como um de seus palcos preferidos desde o início da
carreira, quando atuava pelo Atlético-PR.
O armador vive um momento
tão bom que obriga o técnico Ney Franco a deixar Ganso, contratado por R$ 23,9
milhões, no banco. Poucos contestam. Em 2013, será a primeira vez que ele vai
atuar no Pacaembu. Ele já brilhou por lá com a camisa do São Paulo, embora o
primeiro encontro não tenha sido dos melhores.
Pouco depois de chegar ao
clube, Jadson perdeu um pênalti contra o Corinthians no estádio, e a equipe foi
derrotada por 1 a 0. Mas foi contra o próprio arquirrival que ele começou a se
redimir. Na última rodada do primeiro turno, ele deu uma assistência precisa
para Luis Fabiano marcar o gol da vitória e encerrar um tabu de sete anos sem
vencer o Majestoso no Pacaembu.
O melhor ainda estava por
vir. Nas quartas de final da Sul-Americana, contra o Universidad, ele fez dois
gols na vitória por 5 a 0. A atuação é considerada a melhor do São Paulo na
temporada passada. O bom relacionamento de Jadson com o Pacaembu vem de muitos
anos. E golear no estádio, para ele, não é novidade.
Em 2004, quando foi um dos
principais destaques do Atlético-PR vice-campeão brasileiro, Jadson marcou três
vezes no massacre, também por 5 a 0, contra o Corinthians. Foi uma das atuações
que contribuíram para que o Shakhtar Donetsk se interessasse por seu futebol.
Em 2011, convocado por Mano Menezes para amistosos pela seleção brasileira, foi
titular no Pacaembu na despedida do atacante Ronaldo, e carimbou a convocação
para a Copa América, anunciada naquela mesma noite.
- É, eu costumo ir bem lá.
Fiz três no Corinthians, dois na Universidad de Chile. Gosto de jogar no
Pacaembu. Tirando o pênalti contra o Corinthians, foi bom. É um estádio onde
sempre me dou bem - disse Jadson.
No treino de segunda-feira,
Jadson e Rogério Ceni passaram muito tempo travando um duelo particular. O
camisa 10 chutava da entrada da área e o goleiro tinha de defender. Seu
aproveitamento foi ótimo. As finalizações à média distância serão um dos
trunfos do São Paulo para furar a retranca do Arsenal na quinta-feira. O pé
calibrado do meia e sua relação de amor com o Pacaembu dão ainda mais esperança
à torcida. Fonte: Globo Esporte
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