Quem vê o goleiro Jefferson se
destacando no Botafogo e na seleção brasileira não imagina as dificuldades que
passou até brilhar na carreira. O menino que foi trabalhar em um circo aos 13
anos para não seguir as 'más companhias' também precisou vencer o preconceito
quando já estava prestes a se profissionaizar no Cruzeiro, em 2000. Por um
presente do destino, quem bancou a efetivação no time principal, com apenas 17
anos, hoje divide o mesmo sonho de conquistar a Copa do Mundo do ano que Uma pessoa lá do departamento
amador (do Cruzeiro) tinha contratado um outro goleiro de Londrina, um alto e
loiro. E o Jefferson é preto, grandão. Eles tinham mais predileção para colocar
o outro goleiro, porque achavam mais interessante. Eu achava que o Jefferson
tinha muitas qualidades, e ele continua mostrando até hoje. Tinha para mim que
era o goleiro que eu deveria apostar. E hoje se encontra comigo na Seleção. É
sinal que não errei naquela escolha - lembra o técnico.
- Já
aconteceu de goleiros negros me abraçarem nas partidas antes de dizer: "Já
torcia por você. Agora duas, três vezes mais. Que você tenha sucesso para
representar a nossa cor e a nossa raça no futebol. Já tive portas fechadas, sei
como é". Não posso dizer que tem ou não (preconceito), mas tudo indica
que, sobre os goleiros negros, talvez quando (dirigentes) vão contratar, podem
balançar - aponta.
Antes de
virar artista no gol do Botafogo, Jefferson aprendeu a pular dentro de um
circo. A cama elástica era a melhor amiga. Lá teve de lidar com a plateia e
fazer as pessoas rirem, o que futuramente seria importante para alegrar a
torcida do Glorioso e dos times que já defendeu. A fase de artista circense
precisou ser interrompida quando chegou ao Cruzeiro. Fonte: Esporte.com
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