Itaipava
Arena Fonte Nova. Oficialmente, é assim que a nova Fonte se chama a partir de
agora. O Grupo Petrópolis assinou contrato de patrocínio por 10 anos, com
preferência de renovação pelo mesmo período, para estampar a marca de sua cerveja.
O
investimento é de R$ 10 milhões por ano. Além de incorporar seu nome ao estádio, o acordo
concede à Itaipava, e outras marcas da empresa, o direito de comercialização de
seus produtos com exclusividade em todos os bares e restaurantes da arena
multiuso. "O que garante o contrato é a exclusividade de três produtos:
energético, isotônico e cerveja. Outros conteúdos seguem livres e abertos para
entrar na Arena”, esclarece o presidente da Fonte Nova Participações, Frank
Alcântara.
O
modelo de patrocínio é chamado de "naming rights”, comum nos EUA e na Europa.
Acontece quando há cessão de direito ao anunciante sobre o nome de propriedade,
eventos ou campeonatos.
O
estádio do alemão Bayern de Munique, por exemplo, se chama Allianz Arena por
causa da parceria do clube com a seguradora Allianz. No Brasil, o Atlético
Paranaense fez o mesmo em 2005 e a Arena da Baixada foi batizada como "Kyocera
Arena”.
Sem Álcool
Apesar da Arena
Fonte Nova ter ganhado o nome de uma cervejaria, nenhum tipo de bebida
alcoólica será comercializada no estádio. A proibição atende determinação do
Estatuto do Torcedor. "O Grupo Petrópolis oferecerá já no primeiro Ba-Vi
cerveja sem álcool. A restrição para bebidas alcoólicas em eventos de futebol
será respeitada, conforme a legislação estabelece. Em outros eventos, o consumo
está liberado”, explica Frank Alcântara.
Para
Douglas Costa, diretor de mercado do Grupo Petrópolis, o investimento é válido
mesmo sem a comercialização de cerveja no estádio. "A propriedade da Arena a
gente encara primeiramente como uma grande ação de marketing e visibilidade de
marca. A gente tem uma oportunidade de exploração de visibilidade interna onde
a gente consegue promover a marca pra gerar o consumo depois”, disse.
Durante
a Copa das Confederações e do Mundo, eventos organizados pela Fifa, o estádio
deixa de ter o nome associado à cervejaria. "Nós temos a obrigatoriedade legal,
e isso está no contrato, de entregar a Arena no dia 29 de maio livre de marcas
para a Fifa. Depois, nós temos a reativação das marcas da Arena”, Frank
Alcântara.
Segundo
o secretário de Comunicação do governo, Robinson Almeida, o valor será dividido
entre estado e consórcio. A verba será usada para abater a contraprestação que
precisa ser paga aos responsáveis pela obra. "O modelo de
exploração é de que o consórcio administra o estádio e o lucro é dividido,
assim como o prejuízo.
No entanto, não
significa que os R$ 100 milhões serão divididos integralmente. São cerca de R$
800 mil ao mês. Vamos supor que a despesa mensal é de R$ 500 mil. Logo, o lucro
será de R$ 300 mil, valor que seria dividido entre a Arena e o governo do
estado, que usará o dinheiro para amortizar as contraprestações a serem
pagas nos próximos anos”. Fonte: Correio
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