São seis vitórias e um empate, com 18 gols marcados e sete sofridos. O currículo ainda é pequeno no universo do futebol, mas capaz de botar inveja em muito treinador experiente por aí. Aos 31 anos, Eduardo Barroca treinará o Bahia pela oitava vez na noite de hoje, às 22h (TV Bahia), contra o Luverdense, pela Copa do Brasil, com o objetivo de manter a fama de pé-quente.

Como o time titular ficou com Joel Santana em Salvador se preparando para o Ba-Vi de domingo, Barroca recebeu a missão de liderar a equipe repleta de reservas no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. Difícil, mas ele está acostumado. "O Bahia tem que ser protagonista nesse jogo. Não vai ser fácil, mas nosso time é experiente”, acredita.

Barroca chegou ao Fazendão no início de 2011 por intermédio do então treinador Rogério Lourenço. De lá pra cá, trabalhou com outros seis profissionais: Vágner Benazzi, René Simões, Paulo Roberto Falcão, Caio Júnior, Jorginho e Joel Santana. "O futebol é assim. A gente aprende um pouco com todos. Tenho uma gratidão ao Joel, por exemplo. É muito rico estar ao lado dele, que tem um grande cuidado em me passar as informações”, elogia. Barroca também já trabalhou nas categorias de base do Flamengo, Corinthians e Audax-RJ.

No Esquadrão, o auxiliar trabalhou como interino em momentos complicados. A primeira oportunidade veio no Baiano de 2010, quando Rogério Lourenço foi demitido após derrota por 3x0 para o Vitória. Barroca estreou vencendo o Camaçari por 2x0.

No Brasileirão do mesmo ano, situação semelhante. René Simões demitido e Bahia sem vencer há cinco rodadas. Barroca assumiu e o time derrotou o Flamengo por 3x1 no Engenhão. Qual o segredo? "Falo para o jogador acreditar nele. Eles precisam entrar em campo sempre motivados”. 

Planos
Formado em Educação Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o auxiliar é pós-graduado em futebol e gestão de pessoas. Barroca tem como maior objetivo disputar uma Copa do Mundo e, por isso, o sonho de ser técnico efetivo em um time profissional é explícito. "Penso nisso, mas sei que tudo tem sua hora para acontecer. Por enquanto, vou aproveitar todas as oportunidades que tenho no Bahia. Fico muito feliz, principalmente pelo fato de ser jovem, em dirigir um clube tão tradicional como esse”, afirma.

Fonte: Correio