Main » 2013 » Fevereiro » 20 » MACEIÓ/AL: A JOVEM PSICOPATA QUE MATA MULHERES QUE TIVERAM RELAÇÕES COM O NAMORADO
3:08 PM
MACEIÓ/AL: A JOVEM PSICOPATA QUE MATA MULHERES QUE TIVERAM RELAÇÕES COM O NAMORADO
Um enredo considerado
diabólico, emblemático que envolve assassinatos, tráfico de drogas,
prostituição e outros crimes. O esquema começou a "ruir” durante as
investigações da morte de Franciellen Rocha, 18, encontrada carbonizada na
manhã da última sexta-feira, 15, num terreno baldio, no bairro da Serraria, em
Maceió
Franciellen, possivelmente
grávida no segundo mês (ainda falta o laudo do Instituto Médio Legal), foi
sentenciada a morte após se envolver com Genilson dos Santos Jordão, o "Ninho”,
atualmente cumprindo pena em regime semiaberto devido seu comprometimento com
tráfico de drogas no bairro do Jacintinho, periferia da Capital. Genilson era o
namorado de Vanessa Ingrid da Luz Souza, 20, residente no quarto andar do
Edifício Renóver, localizado no bairro de Cruz das Almas, orla de Maceió.
Vanessa que passou o último carnaval em São Paulo teria sido avisada que "seu”
homem estava lhe traindo com outra mulher, o que para ela (Vanessa), era um
"pecado mortal”.Impiedosa com quem lhe tentasse enganar a garota desembarcou em
Maceió com um mordido plano na cabeça. Porém, as informações – erradas – que
chegaram a ela foi que quem estava se relacionando com Genilson era a jovem
Albertina dos Santos Castelo Branco, 18. Determinada, Vanessa montou uma
festinha em seu apartamento e convidou a suposta "traidora” que foi acompanhada
de uma irmã menor.
Na noite da quinta-feira,
14, durante a festa "armada” no imóvel – onde haviam cerca de 13 convidados –
Vanessa levou Albertina até um dos cômodos do apartamento e junto com os amigos
começou espanca-la. Acuada, Albertina revelou o verdadeiro nome da garota que
estava traindo a amiga. Mostrando seu "poder” diante dos convidados, Vanessa
exigiu que as irmãs Castelo Branco ligassem para Franciellen e a convidasse
para a festa. Alheia ao que estava para acontecer, a jovem aceitou e chegou ao
prédio em um taxi pago por Vanessa e acompanhada de duas amigas menores. As
três subiram e foram direto para o apartamento da protagonista do crime que as
recebeu e pediu para as duas menores irem embora sob a alegação que a festa era
para adultos.
Franciellen bebeu e teria
ingerido drogas até ficar tonta e ser levada para o mesmo cômodo onde horas
antes Albertina tinha sido agredida. A sessão de tortura durou cerca de duas
horas, tempo que a jovem teve os dentes quebrados, o rosto queimado por pontas
de cigarros, sobrancelhas raspados e os cabelos cortados com uma faca. As
investigações concluem que quem queimou os rosto da vítima foram as irmãs
Castelo Branco – por exigência de Vanessa – e os jovens Thiago Handerson
Oliveira Santos, 25 e Victor Uchoa Cavalcante, 20, foram os responsáveis por
darem socos e pontapés em Franciellen que já estava desacordada. Os dois já
respondem por roubo.
Debilitada a garota foi
colocada dentro de um Gol, de cor preta, de placa NMH 0717 (Arapiraca/AL),
dirigido pelo estudante de Direito, Saulo José Pacheco Araújo, 22. No veículo
entraram além de Wanessa e Saulo, outras oito pessoas, sendo que alguns deles
eram Thiago Handerson, O "Gato Magro", Victor Uchoa e Nayara da
Silva, 19, que também torturou a vítima. Na sequencia todos seguiram até o
bairro da Serraria, onde pararam em um posto de combustível compraram gasolina
e seguiram até o terreno nas proximidades do Conjunto José Tenório, onde
colocaram fogo da jovem.
O aparecimento do corpo de
Franciellen levou equipes da Delegacia de Homicídios (DH) a darem uma "pronta
resposta” e as 22h40 da sexta-feira, já estavam em poder dos nomes e endereços
de todos os envolvidos, que começaram a serem presos. Um dos primeiros a ser
localizado foi Saulo, que no inicio do depoimento tentou negar conhecer
Vanessa, mas que mudou o relato após ver que suas versões não estavam
convencendo os policiais. Saulo terminou confessando que havia transportado os
matadores e a vítima, em seu próprio carro, mas que inicialmente desconhecia
que a jovem seria morta. Os relatos dos primeiros detidos revelaram que a
autora da trama – apesar da pouca idade – é garota de programa, astuciosa e com
um currículo perigoso se assemelhando a uma psicopata. Equipes da Delegacia de
Homicídios e peritos da Força Nacional (FN) judiciária foram até o apartamento
da suspeita onde encontraram pedaços de fita adesiva, possivelmente usada para
amordaçar a vítima e outros "ingredientes” que tem ligação com o crime.
Também foi descoberto sangue
da vítima em uma das janelas e a comprovação que durante a festa os convidados
teriam feito sexo em vários cômodos do apartamento. Vanessa que usa o
pseudônimo "Dani Constantine” mantém um site onde são oferecidas garotas para
programas de sexo e já esteve envolvida em um outro assassinato. A vítima foi
Amanda Celeste Conceição de Assis, 18, morta em via pública na noite de oito de
novembro de 2011, em um dos trechos da Rua Padre Cícero, no bairro da Santa
Lúcia, parte alta de Maceió. Amanda foi morta, supostamente, por também ter
tido relações com "Ninho” quando ele cumpria pena em um dos presídios de
Maceió. Vanessa teria pago R$ 1 mil e após o crime viajou para São Paulo.
Dissimulada, Vanessa já
tinha em mente um novo plano macabro. Ela teria sido informada que outra garota
estava tendo relações com o namorado e já preparava o novo assassinato. Na
Delegacia Geral da Polícia Civil (PC), onde a maioria dos envolvidos foram
apresentados, a jovem disse que amava "Ninho”. Outro fato envolvendo os amigos
de Vanessa é que "Gato Magro" foi reconhecido como um dos atiradores
que atentou contra a vida do ex- gerente da Casa de Custódia, ou
"Cadeião", Gilson Mendonça da Silva, 32.