A ponteira Gabi guarda os trejeitos delicados de
menina, mas não a fragilidade. Com apenas 18 anos, a jogadora do Rio de Janeiro
encara de igual para igual qualquer adversária, até mesmo campeãs olímpica.
Enquanto Sheilla, Jaqueline e tantas outras jogadoras experientes do Osasco
falhavam nos pontos cruciais da final da Superliga, no último domingo, a caçula
do Rio virava bolas, parava os ataques do rival. O peso da inexperiência não
foi problema para Gabi.
- Eu tremi antes de começar
o jogo, mas isso passou rápido. Depois do apito inicial, não interessa quem
está do outro lado. Vou para cima, sem medo - disse a ponteira.
Todas as jogadoras do Rio se
renderam ao talento de Gabi, assim como o técnico Bernardinho. O chefe do time
não poupou elogios à pupila.
- A Gabriela jogou, a partir de certo momento, como
a mais veterana em quadra, mesmo contra algumas das melhores jogadoras do mundo
- disse Bernardinho.
Ex-tenista
e fã de Roger Federer, Gabi se inspirou na frieza de seu ídolo. Depois
de um começo titubeante, em que viu o Osasco abrir 2 sets a 0, a jogadora se
encontrou em quadra e foi um dos pilares da forte defesa do Rio.
- Foi uma pressão grande, claro. Comecei mal nos dois
primeiros sets, com muitos erros, mas as meninas conversaram comig, e o
Bernardo também. Não ajudei tanto no ataque, mas defendi muitas bolas. Estou
realizando um sonho. Estou feliz por ser campeã da Superliga tão jovem - disse
a jogadora. Fonte: Globo Esporte
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