O
futebol baiano, bipolarizado, precisa bem além de 365 dias para acontecer uma
novidade, se movimentar e ganhar destaque, seja ele positivo ou negativo e foi
assim no ano de 2013, que pronto para se despedir, já começa a abrir espaço
para uma etapa que esperamos que seja de maior prosperidade. O Bahia acena boas
contratações, enquanto o Vitória as renovações de contratos dos jogadores
aprovados, logo importantes. Em 2013, o Esporte Clube Vitória ganhou o mais
fácil Campeonato Baiano da história recente dentro do meu limitado
conhecimento, espancando o adversário tricolor por duas vezes de goleadas, em
uma malvadeza sem igual. No segundo semestre mostrou ser o melhor e único time
estruturado no estado, ao fazer uma campanha digna no Brasileiro, que veio para
polir a já reluzente estima rubro-negra, e o melhor, não acresceu ou antecipou
o nível de cabelos brancos dos seus torcedores, pelo contrário, fez uma
campanha capaz em transformar em nulo a surra que levou do Ceará, em pleno
Barradão. A única decepção antes não prevista. O Bahia fracassou em todas as
competições que disputou, aliás, foi violentamente maltratado pelo ABC de
Natal, pela Copa do Nordeste, competição em que foi eliminado ainda na fase de
grupo. No segundo semestre, quase aplica um golpe de mestre nos seus
torcedores, quando começou o Brasileiro dentro do G4, vencendo adversários
importantes, no fim lutou, sofreu, mas obteve o alvará de licença para o
exercício 2014 no Brasileiro, mas trouxe fadiga e mal estar em quase a
totalidade do ano de 2013 dentro de campo.Por outro lado e em outros campos
foram produziram mudanças radicais na área administrativa, com o pé na bunda do
engomado teimoso e hoje é administrado por Fernando Roth Schmidt, que prometeu
colocar tinta fresca no tinteiro seco da torcida tricolor para respeitar e
consultar os crivos dos verdadeiros proprietários do clube. Mas o emagrecimento
da região tricolor, também foi marcante no ano que se acaba, quando abandonou o
ouro para assumir, sem qualquer pudor, o chumbo, com a sexta média de público
do brasileiro, motivada quase que exclusivamente, por promoções de última hora.Fugindo
da linha dos de sempre, a única novidade aconteceu em Feira de Santana, local
onde Bahia de Feira se transformou em Vitória de Feira, movido pelas promessas
de mimos do rubro-negro da capital. O Galícia, depois de vários anos afastado,
retorna à primeira divisão e o querido Ypiranga fracassou como antes, enquanto
o Botafogo, um clube inexistente, bem abaixo do amador, se manteve na primeira
divisão, mas Catuense promete reeditar em 2014 a fase áurea de Bobó ao subir
para a primeira divisão.Fora das quatro linhas, sem dúvida, a reinauguração do
Estádio da Fonte Nova foi o fato que gerou as maiores expectativas e a maior
tristeza, notadamente pelo torcedor do Bahia, que ávido por um aluguel
instável, acreditou que poderia reeditar seus momentos de glória em um
equipamento já conhecido, porém agora novo e perto, moderno e, dizem, até
cheiroso, e entre os iludidos me incluo hoje completamente resignado. Aliás,
fui além, quando acreditei também, acho que por precipitação e alguma
desinformação, que a Fonte Nova deveria ser o mando de campo do Esporte Clube
Vitória também. Enganado, mas humilde, retiro tudo o que disse antes, com a
promessa de não repetir a tolice. No entanto, se as expectativas eram as
melhores antes, tornou-se um enorme pesadelo 90 minutos depois para os
tricolores. Em pleno dia de uma festa dia-a-dia esperada, com mando de campo
sendo do Bahia e maior parte da torcida também, o tricolor da liga de aço, foi
submetido, subjugado e rendido, diante de uma goleada histórica de 5 x 1 para o
maior rival, dando adeus ao sonho da conquista do Bi-Campeonato, para lugar dar
vazão à criatividade rubro-negra, que inseriu descaradamente o aguardente de
cana no cenário do futebol local, aumentando em doses embriagantes o desamparo
moral do torcedor do Bahia.Por isto, pelo que representou para o Esporte Clube
Vitória, por ter sido um fator desencadeador e determinante para revolta da torcida
tricolor contra o engomado teimoso, que mais tarde se transformou em mudanças
significativas no clube, reputo, o jogo entre Bahia 1 x 5 Vitória, o fato mais
importante do futebol local em 2013.Nota – Se você é torcedor do
Bahia ou Vitória e não concorda com a importância deste feito, retruque e crie
um fato novo que reproduzimos com o mesmo destaque. Ou, por exemplo: diga, qual
foi a pior contração do Futebol Baiano em 2013, o Pelé americano Freddy Abu
pelo Bahia, ou o atacante do outro mundo, Rômulo, pelo Vitória, já que
conhecemos apenas as circunstâncias, porém ainda desconhecemos a utilidade de
ambos. Enfim, temas abertos que retratem o que aconteceu de importante no
futebol baiano serão aceites e imensamente agradecidos e creditados.
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