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Main » 2012 » Dezembro » 11 » POLÍCIA DIZ QUE JOVEM MORTO AO FURAR BLITZ NA VIA PARAFUSA ESTAVA ARMADO E DISPAROU CONTRA PMS
9:54 AM
POLÍCIA DIZ QUE JOVEM MORTO AO FURAR BLITZ NA VIA PARAFUSA ESTAVA ARMADO E DISPAROU CONTRA PMS


A moto Pop 100 era a menina dos olhos do auxiliar de produção Nivaldo do Carmo Alves, 25 anos. Desempregado há dois meses, usou toda a rescisão para quitar o financiamento e ficou sem dinheiro para a primeira habilitação.
Sem o documento, o rapaz furou uma blitz da Polícia Militar domingo na BA-535, a Via Parafuso, e acabou morto com pelo menos três tiros, de acordo com testemunhas.
Revoltados, cerca de 150 moradores bloquearam ontem a via no Km 10, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, perto do pedágio, com galhos e entulhos, além de botar fogo em dois micro-ônibus.  O módulo da PM que fica no distrito foi destruído pelos manifestantes.
Os ônibus destruídos pelo fogo pertenciam à Viação Industrial, que fazia a linha Camaçari-Parafuso e antes foi apedrejado; o outro, da empresa Canaã, era contratado por uma empresa para transporte de funcionários do Polo Petroquímico de Camaçari.
O motorista do micro-ônibus apedrejado teve ferimentos leves por causa dos estilhaços de vidro.
Moradores da localidade de Parafuso contam que na noite da blitz, Nivaldo recebeu ordem para parar, mas, Bilonga, como era conhecido, não acatou a determinação dos policiais e arrancou.
"Ele ficou com medo, por não ter habilitação, e tentou se refugiar. Largou a moto debaixo de uma mangueira na casa de uma senhora e correu. Os policiais foram atrás e dispararam contra ele”, conta o educador Israel do Amor Divino, 33.
Reação
Foram três protestos: um logo após o crime, às 20h de domingo; outro a partir das 5h30 desta segunda (10), com o incêndio dos dois ônibus, e um pacífico à tarde.
Pela manhã, policiais do 12º Batalhão da PM (BPM), do Batalhão de Choque, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) e da Rodoviária Estadual (PRE) negociaram a liberação da pista.
Durante o pico da manifestação, no início da manhã, o engarrafamento chegou a oito quilômetros de extensão no sentido Salvador/Camaçari e quatro quilômetros no oposto. Por volta de 9h, o tenente- coronel Luiz Demóstenes, comandante do 12º BPM, onde os três policiais são lotados, garantiu por telefone aos manifestantes uma resposta para o caso em até 15 dias e o protesto foi suspenso.
Quem ficou preso no congestionamento criticou o protesto. "Eles têm todo o direito de exigir uma resposta, mas isso tem que ser feito no lugar certo”, disse o industriário Anselmo Carvalho, 42.
O irmão de Nivaldo, que é instrutor de autoescola, Claudionor do Carmo Alves, contou que o jovem se programava para tirar a habilitação. "Ele ia fazer comigo, mas ficou sem dinheiro”.
Calados
Na casa em que Nivaldo tentou se refugiar, moradores afirmam não ter escutado a abordagem dos PMs — e nem se os policiais deram voz de prisão ao jovem. "Ouvi um disparo e depois mais três. Eles chegaram calados. Foi um susto grande”, conta Isabel Ferreira, 95.
Um morador que não se identificou afirmou ter visto os PMs arrastando o corpo do jovem até a viatura e depois retornarem para buscar as cápsulas. "Eles colocaram o rapaz no fundo do carro, como se fosse um animal”. Nivaldo foi socorrido pela guarnição para o Hospital Geral de Camaçari, onde morreu.
Parentes e vizinhos de Nivaldo contaram que o rapaz era evangélico e querido na comunidade. De acordo com a PM, o jovem não tinha passagem pela polícia. 
"O sonho dele era ser pastor. Morava com a mãe e a irmã. Mataram um inocente por despreparo. Além de vizinho, era meu irmão em Cristo”, contou a auxiliar de produção Valdirene Nascimento, 35. Nivaldo frequentava a Igreja do Evangelho Quadrangular.
Ele era o caçula de oito filhos. Ontem, no final da tarde, o corpo de Nivaldo foi levado para ser velado na igreja que ele frequentava. O sepultamento deve ocorrer hoje no cemitério de Parafuso.
Auto de resistência
De acordo com o major Adalberto Pitton, comandante da Cipe, Nivaldo foi morto em um auto de resistência. Com Nivaldo, a assessoria de comunicação da PM diz que foi encontrada uma pistola calibre 635, da marca Beretta.
A assessoria da PM também informou que Nivaldo estava em um comboio formado por duas motocicletas e um carro, e que os ocupantes, ao perceberem que seriam abordados, teriam disparado contra os policiais. Nenhum policial ficou ferido na ação.
Policiais foram afastados
Os três soldados envolvidos na morte do auxiliar de produção Nivaldo do Carmo  Alves, 25 anos, foram ouvidos na Corregedoria da PM ainda no domingo, segundo a assessoria de comunicação da corporação. Os nomes dos policiais não foram divulgados. As armas dos soldados, cujo modelo também não foi informado pela assessoria, foram encaminhadas à perícia técnica.
Os policiais foram afastados das atividades operacionais e estão cumprindo expediente administrativo dentro do 12º Batalhão — onde são lotados.  Um inquérito militar será instaurado, com o prazo legal de 30 dias, podendo ser prorrogado.
O caso foi registrado na 18ª Delegacia (Camaçari). "As pessoas que fizeram a manifestação foram ouvidas informalmente. Ainda por esses dias, vamos formalizar as oitivas”, disse o capitão Marcelo Pita, chefe da unidade de imprensa da Polícia Militar.

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