Dois homens caíram em um canal na Avenida Barros Reis, em Salvador,
após a forte chuva que atingiu Salvador no início da noite da
quarta-feira (23). Eles atravessaram a avenida que estava alagada. Como
não conheciam o local, acabaram caindo em um buraco. Um deles conseguiu
se salvar, mas o outro está desaparecido.
Segundo Florisvaldo Amorim, um dos homens que caiu no canal, ao chegar à
Avenida Barros Reis, o local estava congestionado e tomado pela água.
Ele e o outro homem acabaram caindo no canal de Camurujipe.
"Eu estava sempre procurando os cantos porque tinha muita água lá na
frente. Estava tudo alagado. Tinha um rapaz vindo atrás de mim, ele
gritou socorro. Quando eu olhei para trás ele desceu e em seguida eu
desci junto com a moto. Como eu estava segurando na moto, eu consegui me
salvar. Eu consegui nadar e sair. O rapaz desceu e eu não consegui
salvar ele”, disse o soldador.
Ele ficou muito emocionado ao encontrar com a esposa, que foi até o
local do acidente. Nervoso, ele disse que queria ser atendido por um
médico. Os moradores do local já haviam ligado para o Samu, que chegou
quase quatro horas depois. Amorim foi examinado e imobilizado.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local minutos depois. Após
conversar com os moradores, eles revistaram a área e chegaram a
conclusão de que não havia a condição de fazer a operação.
"Eu entrei em contato com a central e nós estamos aguardando a posição
do capitão coordenador para saber se vem uma equipe especializada agora
ou se vai deixar para fazer esse resgate amanhã pela manhã. Já é um
horário de risco e nós não vamos colocar um profissional em risco se nem
ter a certeza de que há uma vítima no buraco. Sem equipamentos e sem
condições nós não vamos fazer”, disse Jesildo Lacerda, chefe da
guarnição.
Os moradores reclamaram e os bombeiros entraram no canal. Após uma
rápida avaliação, eles desistiram de procurar o homem. Segundo os
moradores, todas as vezes que chove muito em Salvador, o local onde
aconteceu o acidente vira um rio. "Há mais de 10 anos eu moro aqui e
todas as vezes que chove é um problema. De encher, de invadir casas”,
disse Ivania de Jesus, moradora do local.
"Essa vala é muito perigosa. Às vezes tem um buraco lá na frente, que
cai o lixo e é muito perigoso”, disse um outro morador, Manoelito Lima.
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