Se Rogério Ceni passasse a usar Libertadores como
sobrenome, não seria nenhum exagero. Pelo menos para o torcedor são-paulino. Há
mais de 20 anos como profissional do clube do Morumbi, o goleiro colecionou
números impressionantes na competição sul-americana. Retrospecto que dá
motivação para o duelo desta quinta-feira, contra o Atlético-MG, às 20h15, em
casa, pela partida de ida das oitavas de final. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o
duelo em Tempo Real.
Na fase de
grupos, o São Paulo esteve bem perto de ser eliminado. Chegou à última rodada
precisando de uma vitória sobre o Galo e de um triunfo do Arsenal de Sarandí
sobre o The Strongest. Os dois resultados ocorreram. Os argentinos bateram os
bolivianos, e o Tricolor, com a assinatura de Rogério Ceni em gol de pênalti,
venceu os mineiros por 2 a 0 – Ademílson fez o outro.
O gol
anotado na partida diante do Atlético-MG foi o 14º de Ceni na competição. O
goleiro, aliás, é o maior artilheiro do São Paulo na história da Libertadores.
A comemoração naquele dia mostrou o quanto a competição é importante para o
camisa 1 e também para o clube. Parecia conquista de vaga na decisão, e não nas
oitavas de final. Mas a euforia do capitão é um dos trunfos para seguir
adiante.
A equipe
tricolor ressurgiu na Taça Libertadores da América. Com a pior campanha entre
os 16 classificados, é verdade. Mas ressurgiu. E os números de Ceni mostram por
que o Atlético-MG queria tanto eliminar o São Paulo e evitar esse confronto.
Com dois
títulos da competição na bagagem, um como reserva, em 1993, e outro como
titular, em 2005, Rogério Ceni entrou em campo 80 vezes na Libertadores. Foram
46 vitórias, 16 empates e 18 derrotas, tendo 64,17% de aproveitamento. São 14
gols marcados e 69 sofridos ao longo desses anos.
São
números bons, é claro. Mas se for analisado apenas o retrospecto no estádio do
Morumbi, Ceni se torna quase imbatível. No estádio do Tricolor, pela competição
sul-americana, o goleiro fez 39 jogos. Foram 34 vitórias, três empates e apenas
duas derrotas (uma para o Chivas, do México, e outra para o Inter. Ambas em
2006). Com isso, em casa, o ídolo são-paulino tem 89,74% de aproveitamento. Aos
40 anos, Rogério Ceni está perto de anunciar sua aposentadoria. Pode se que o
goleiro pare ao final desta temporada. Portanto, cada jogo do time no Morumbi a
partir de agora pode ser o último em casa pela Libertadores. A segunda partida
está marcada para a próxima quarta-feira, dia 8, às 22h, no Independência, em
Belo Horizonte. Fonte: Globo Esporte
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