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9:29 AM
TORCIDA DO LEÃO FESTEJA GOLEADA NO RITMO DE FUNK: ‘AH, É SETE, SETE, SETE, SETE’
Torcedor do
Vitória perdeu a humildade. Em minoria, em razão do mando de campo, fizeram
muito barulho ontem, dentro e fora do estádio. Nas arquibancadas, entre leks,
leks, ziriguiduns, e "fica Marcelinho”, não faltaram gritos para sacanear os
"sardinhas” no terceiro trunfo seguido no clássico baiano. Horas antes da bola
rolar, a gozação ainda encontrava resistência nos torcedores do Bahia
confiantes numa tal de mística tricolor. "Acabou a brincadeira. O time é ruim,
Joel acabou pro futebol, mas agora é final, e essa camisa pesa”, acreditava
Cléber Nunes, 26 anos, analista de sistemas. De seu lado, quatro amigos
rubro-negros debochavam, sem pudor. "Eu coloco duas grades (de cerveja) contra
uma dele (em uma aposta), mas ele não quer. Cadê o sardinha?”, provocou
Maurício Salles, 24 anos.
Foi nesse clima, de rivalidade e paz, que rubro-negros e tricolores entraram na
Arena Fonte Nova para o jogo de ontem. Sem confusão, boa parte dos torcedores
das duas equipes esperaram lado a lado o início da partida do lado de fora, no
Dique do Tororó, regados a cerveja gelada e com álcool.
Confiante no
Vitória e atraída pelo clima familiar que espera encontrar na nova arena,
Camila Lopez Netto Costa, 37 anos, pediu como presente de Dia das Mães a ida ao
estádio. Saiu 5h de Nilo Peçanha, no sul da Bahia, com o filho Kauai Costa, de
18 anos, e o marido, Cesar Costa, de 43, e fez três horas de viagem com a
certeza de que na volta, estaria feliz. "A última vez que vim na Fonte, faz
vinte anos, e perdemos o brasileiro para o Palmeiras. Dessa vez, pedi para vir,
porque esse jogo não tem jeito de perdermos”, disse.
Outro Lado
No futebol, em
final de campeonato, invariavelmente um dos lados sempre volta para casa trise.
E para a torcida tricolor, na fase por que passa o Bahia, ir para a Fonte Nova
debaixo de chuva ver mais um BAxVI é, no mínimo, uma declaração de amor. Foi
movido por esse sentimento tão materno que milhares de mães colocaram em risco
o domingo dedicado a elas, e consigo levaram a família para as arquibancadas.
Foi o caso da
consultora de vendas Márcia Moura, 37 anos, que presenciou as derrotas nos dois
clássicos da segunda fase da competição, mas confiou em seu histórico para
voltar à Fonte Nova. "Ano passado fui ao Pituaçu no dia das mães e fomos
campeões. Esse ano quero esse presente de novo”, disse, ainda antes de entrar
na arena para presenciar mais uma derrota. De seu lado, seu filho de 17 anos,
Airã Moura, e mais três sobrinhos, de 13, 12 e 8 anos. "Eu sou a
patrocinadora”, completou Márcia.