A nova configuração do futebol já não
permite as multidões de antigamente nos estádio na Bahia, este ano, por
exemplo, o máximo possível registrado aconteceu justamente no último jogo, onde
40.249 torcedores estiveram prestigiando o Bahia na sua despedida e, claro,
fazendo feio ao perder de virada por 2 x 1 para o Fluminense, já rebaixado. Já
o pior público no Brasileiro, aconteceu na segunda rodada no empate de 0 x 0
contra a Coritiba, ainda no Estádio Metropolitano de Pituaçu, onde apenas 4.874
se aventuraram. No entanto, em todo ano, o pior público foi registrado no jogo
Bahia x Luverdense, pela Copa do Brasil, com apenas 1.706 suplicantes na Arena
Fonte Nova. MAS existe uma enorme desconfiança, que o jogo entre Bahia e
Portuguesa pela Copa Sul-Americana, diante da Campanha público-ZERO
desencadeada pela torcida vice-campeã baiana, pouco além de 500 torcedores
estiveram presentes, ainda que o borderô tenha somado uma multidão de 3004
pagantes, depois se soube que o milagre foi operado pela farta distribuição
gratuita de ingressos, em uma manobra do presidente, hoje destituído. Já o
Esporte Clube Vitória teve seu maior público no Brasileiro, justamente no BAVI
( 37 mil pagantes) e o pior, no triunfo de 3 x 2, em cima do Atlético-PR, em
jogo realizado no Estádio Jóia da Princesa, por conta da Copa das
Confederações, onde 2.954 rubro-negros estiveram presentes a despeito dos 120Km
de distância. No geral, em 2013, o Bahia contabilizou 31 jogos em seu mando de
campo. Com um total de público no borderô de 472.058, uma média de 15.228 por
partida. Considerando apenas os jogos na Arena Fonte Nova, foram 25 partidas
com média de 16.956. O resultado líquido em todas as partidas da Fonte foi de
R$ 3.934.661,49, no entanto, o Bahia deve ter recebido os 9 milhões divulgados
pelo consórcio que administra a Arena Fonte no momento da celebração e
assinatura do contrato. Não sabemos como isto funciona, mas se apercebe que a
diferença e o consequente prejuízo gerado pelo Bahia, a população baiana ajudou
a pagar. Já no Vitória, foram 32 partidas com um público no borderô de 400.522
(média de 12.516), gerando uma receita líquida de R$ 3.148.450. Interessante é
que, dessas partidas, seis foram os clássicos BAVI (3 em mando de campo para
cada um), com um público total registrado no borderô de 181.810 (média de
30.301), gerando R$ 6.691.740 de renda bruta e R$ 3.396.735 de renda líquida. O
curioso é que, nos clássicos, a torcida do Vitória foi quase 30% maior do que a
do Bahia. Foram 102.146 rubro-negros contra apenas 79.624 tricolores,
configurando de modo indiscutível a decadência de uma torcida que um dia foi
considerada de ouro.Outra curiosidade, o ingresso do Bahia na Fonte, que
começou em 35 reais o mais barato, foi reduzindo para 30, 25, 15 e, por fim, 10
reais, e essa redução, em sequência, acarretou em uma maior presença de publico
no final do ano. O ticket médio que a arena projetou arrecadar, de 39 reais,
chegou a ficar menor do que 15 no final do ano. E em muitas vezes, o público de
meia-entrada ultrapassou os 70% dos ingressos vendidos. Victor Hugo.
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