A chegada de José
Roberto Guimarães no comando da equipe feminina do Campinas, em maio do ano
passado, trouxe uma nova perspectiva de futuro para um projeto promissor. Entre
as mulheres, foram anunciados reforços como a levantadora Fernandinha (campeã
olímpica em Londres) e a central Walewska (que atuou pela seleção até 2008),
além da cubana Daymi Ramirez e da búlgara Elitsa Vasileva. O time se firmou no
cenário nacional, passou por adversários de alto calibre como o Sesi-SP e
tornou-se um dos candidatos a se infiltrar na soberania de Osasco e Rio de
Janeiro. O masculino, por sua vez, se renovou com o oposto Rivaldo, o ponteiro
Renato, o levantador Murilo Radke, o líbero Alan e o cubano Jurquin, que chegou
como a estrela da companhia, além do treinador Marcos Pacheco, sete vezes
campeão da Superliga. Vice da Copa São Paulo e do Paulista, a equipe, no
entanto, está com os dias contados. Com
a saída de seu principal patrocinador, a Medley, não será possível manter o
elenco. Os contratos, iniciados em 2010, terminam em maio e não serão
renovados. Os jogadores foram liberados para negociar com outros clubes e, se
não surgir outro parceiro, o Campinas irá mesmo se despedir do vôlei.
Único
tricampeão olímpico brasileiro, Zé Roberto lamentou o fim da equipe masculina e
a interrupção do projeto que evoluiu nos últimos três anos. O treinador disse
que a diretoria do Campinas está estudando a possibilidade
de incluir um outro patrocinador.
- O fim do
time masculino do Campinas é uma notícia péssima. É muito triste quando sai um
patrocinador, é algo raro, porém, acontece. Sabemos que dependemos da economia
do país, mas vamos tentar encontrar uma solução. Já estamos pensando em um novo
patrocinador. Este é um projeto bom, que evoluiu muito nos últimos anos.
Estamos melhorando a nossa qualidade técnica e investindo nas categorias de
base. Torço para que tudo dê certo - destacou o treinador, vencedor
do prêmio Faz Diferença, realizado na última quarta-feira, no Rio de
Janeiro.
O técnico da seleção brasileira
feminina disse ainda que a cidade de Campinas se transformou em um polo de
vôlei. Com futuras promessas, um elenco badalado entre as meninas e a
manutenção de um time competitivo no masculino, a torcida abraçou o esporte e
lotou as arquibancadas.
- A cidade de
Campinas abraçou o vôlei. Na torcida, era comum ver quatro mil pessoas indo
assistir aos jogos. Tudo graças a um projeto sério, que não pode acabar.
Precisamos ver o que é preciso ser feito o quanto antes para a próxima
temporada.
Na temporada
2012/2013 da Superliga masculina, o time masculino do Campinas foieliminado nas quartas de final pelo Minas, que luta pelo Rio de Janeiro por
uma vaga na decisão contra o Cruzeiro - a série semifinal está empatada em 1 a
1. Fonte: Globo Esporte
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